Conspirador ou apenas assessório? Após carta "desabafo" de Temer Impeachment pode decolar | Assuntos de Goiás – Questão Brasil
Temer tomou a iniciativa de forma "solitária", diz peemedebista
Profissionais experimentados da imprensa, políticos de todas as tendências e o povão do Brasil analisam e comentam a carta que o Vice Presidente Michel Temer enviou a Presidente Dilma Rousseff. Há quase uma unanimidade entre os que acreditam que Michel Temer fez as declarações, sabendo que o conteúdo vazaria e com isso, o Governo Dilma ficaria ainda mais vulnerável neste momento de crise política, econômica e com possibilidade real de impeachmente.
Pois bem, se eram essas as intenções de Michel Temer, ele conseguiu apenas ver seu nome diminuir ainda mais perante Dilma, tanto aliados, quanto oposicionistas não pouparam críticas ao Vice Presidente, até os defensores do impeachment acreditam que Temer se apequenou diante de um governo fragilizado, e não foram poucos os que consideraram o conteúdo da carta do descontente político, como sendo apenas uma birra infantil.
É cedo para dizer o que conseguiu Michel Temer com a tal carta, assim como também seria precoce afirmar que Dilma saiu fortalecida deste episódio, apenas uma certeza o Brasil já tem com tudo isso, o país tem um vice conspirador, que não inspira confiança e tem trabalhado todo este tempo contra os avanços conquistados pela população. Ele não vê nada demais sua proximidade com integrantes xiitas da oposição, cuja a intenção de minar o governo do PT nunca foi segredo para ninguém, e ao declarar que se sentiu excluído pela Presidente de eventos com o vice Presidente Norte americano, ou de discussões relevantes ao país, como econômia e política, Michel Temer rasga sua própria biográfia, pois tais declarações não poderiam ser emitidas por um político tão experiente, que de tão escolado foi incapaz de buscar o seu espaço. Não foi apenas o PT ou Dilma que usaram Temer e parte do PMDB como assessório, basta observar o teor da carta do vice para concluir que ele se diminuiu perante o governo petista, ele foi quem se sentiu acomodado e colocou o gigante PMDB na mesma condição.
Como o Brasil vai confiar seu futuro nas mãos de um homem com tamanho despreparo, cujo a única tarefa neste momento é servir de fantoche para uma oposição sem projeto para o país, mas que buscam ter o poder pelo poder apenas.
Segunda a revista Época Negócios: Pegos de surpresa com a divulgação da carta endereçada pelo vice-presidente, Michel Temer, à presidente Dilma Rousseff, integrantes da cúpula do PMDB consideraram como "infantil" e "primário" o conteúdo do documento.
Na carta, Temer relata uma série de episódios que demonstrariam, nas palavras dele, a "absoluta desconfiança" que Dilma sempre teve em relação a ele e ao PMDB. Segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, alguns integrantes da cúpula da legenda chegaram a questionar, num primeiro momento, até a autenticidade do texto. O teor da carta começou a circular no final da noite de ontem e chegou ao conhecimento das principais lideranças do PMDB que se reuniam em diferentes jantares, realizados em Brasília.
Num dos encontros, promovido pelo líder do PMDB do Senado, Eunício Oliveira (CE), estavam presentes os ministros do partido com exceção de Henrique Eduardo Alves (Turismo), ligado a Temer. Alves não estava em Brasília. Além dos ministros, também esteve presente o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (PMDB-RJ). Segundo relatos, o conteúdo da carta deixou a todos "atônitos".
Um dos trechos considerados com "completamente infantil" é o que Temer se queixa de não ter sido chamado pela presidente Dilma para participar da reunião realizada no começo do ano com o vice presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, com quem o peemedebista construiu "boa amizade".
O tom utilizado por Temer na carta, segundo relatos, levou um dos presentes no jantar dos peemedebistas a colocar em questão a capacidade do vice vir a um dia assumir o comando do país. "Alguém que tiver um mínimo de maturidade, depois de uma carta daquela vai acreditar que o Michel pode presidir o Brasil?", considerou um peemedebista à reportagem após o jantar.
Segundo integrantes do partido, Temer tomou a iniciativa de forma "solitária", não consultou as lideranças do Congresso, ministros, governadores, nem integrantes da Executiva.
O mesmo sentimento de surpresa também foi encontrado na reunião promovida na noite de ontem pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na residência oficial do Senado. No encontro estiveram presentes as principais lideranças do partido do Senado. A avaliação feita entre parte dos presentes foi a de que, com a iniciativa, Temer assumiu estar ao lado do presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), responsável por dar início ao processo de impeachment, "espatifou o PMDB" e sem querer fortaleceu a Dilma ao "reforçar a imagem de que ele quer tomar a Presidência".
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